Glaucia Mendes Souza, da USP, e Luiz Augusto Horta Nogueira, da Unicamp, foram homenageados por trabalhos conduzidos em prol da bioenergia e da sustentabilidade (fotos: Eduardo Cesar/Pesquisa FAPESP)
Publicado em 08/12/2021
Agência FAPESP – Os professores Glaucia Mendes Souza, da Universidade de São Paulo (USP), e Luiz Augusto Horta Nogueira, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram condecorados pelo governo federal com a Ordem de Rio Branco por esforços realizados na área de bioenergia e sustentabilidade no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
A cerimônia de imposição de insígnias foi realizada ontem (08/12), no Palácio Itamaraty, em Brasília.
“Ao me tornar uma Oficial da Ordem de Rio Branco, levo comigo a percepção de que, com algum sucesso, consegui beneficiar o país com ciência de qualidade e colocar a ciência da bioenergia em importantes mesas que discutem como viabilizar uma matriz energética e de materiais sustentáveis, além de contribuir com ações de mitigação das mudanças climáticas e para o desenvolvimento sustentável”, diz à Agência FAPESP Souza, que é membro da coordenação do BIOEN.
A professora participa de várias iniciativas internacionais para disseminar o conhecimento e aconselhar políticas, incluindo a Agência Internacional de Energia, a Parceria Global de Bioenergia e a Plataforma de Biofuturo. É membro do Scientific Committee of Problems of the Environment, da World Bioenergy Association e da Sociedade de Bioenergia. Também coordena a representação brasileira na força-tarefa da Agência Internacional de Energia em Bioenergia e é membro do grupo de energia da União Internacional de Física Pura e Aplicada (Iupap) e do Comitê de Bioeconomia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Atualmente, desenvolve uma plataforma genômica para o melhoramento da cana e seleção de plantas resistentes a climas futuros. Trabalha em uma abordagem de biologia de sistemas para identificar metabólitos que possam ser de interesse para a produção de produtos químicos de base biológica e melhoria da produtividade.
Horta é mestre e doutor em engenharia mecânica pela Unicamp, onde atua como pesquisador associado do Grupo Interdisciplinar de Planejamento Energético. Também é professor titular do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá e consultor de agências das Nações Unidas (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) em temas energéticos.
Desenvolve estudos técnicos, econômicos e ambientais de sistemas energéticos, principalmente relacionados à cogeração, bioenergia (etanol, biodiesel e bioeletricidade) e eficiência energética nos usos finais.
Criada em 1963, a Ordem de Rio Branco tem o objetivo de homenagear aqueles que se tornaram merecedores e serve para estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção, bem como distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas. Pode ser conferida a pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.