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Estudo que avaliou o uso de antibióticos no tratamento periodontal recebe prêmio internacional


Estudo que avaliou o uso de antibióticos no tratamento periodontal recebe prêmio internacional

Ensaio clínico com 180 pacientes foi conduzido por grupo da Universidade Universus Veritas Guarulhos coordenado por Magda Figueiredo, com apoio da FAPESP (foto: acervo pessoal)

Publicado em 08/02/2022

Agência FAPESP – Um estudo clínico que testou a eficácia do tratamento combinado com metronidazol e amoxicilina em pacientes com periodontite crônica foi premiado na 18a Conferência Bianual da International Academy of Periodontology (IAP), realizada na Colômbia no fim de 2021.

A pesquisa foi coordenada pela professora Magda Feres Figueiredo, da Universidade Universus Veritas Guarulhos (Univeritas UNG), e contou com apoio da FAPESP.

“A IAP realiza um congresso a cada dois anos e, ao final do evento, premia dois estudos clínicos e outros dois de pesquisa básica. Nós ficamos em primeiro lugar na categoria de ‘Pesquisa Clínica’”, conta Figueiredo.

Periodontite é o nome dado à inflamação na gengiva decorrente do acúmulo de placa bacteriana ao redor dos dentes. É um estágio mais avançado da gengivite que, sem tratamento, pode levar à perda permanente da estrutura dentária.

Em um ensaio clínico randomizado que envolveu 180 pacientes, o grupo coordenado por Figueiredo comparou, pela primeira vez, os efeitos do tratamento com metronidazol e amoxicilina em diferentes fases do tratamento periodontal. A coordenadora clínica do ensaio foi a professora Belen Retamal Valdes, da Univeritas UNG. A pesquisa foi feita em colaboração com um grupo da Universidade de São Paulo (USP) coordenado pelo professor Claudio Panutti.

Os participantes foram divididos em três grupos. O primeiro, considerado controle, foi submetido apenas a um procedimento conhecido como raspagem e alisamento radicular (SRP, na sigla em inglês), que consiste na remoção física da placa bacteriana. O segundo grupo também passou pela raspagem e, logo em seguida (na fase ativa da doença), recebeu o tratamento farmacológico (metronidazol + amoxicilina). Já o terceiro grupo só recebeu os medicamentos três meses após a raspagem dos dentes (fase de cicatrização).

Os participantes foram acompanhados ao longo de um ano. Embora todos tenham apresentado melhora significativa nos parâmetros clínicos avaliados, os resultados mais promissores foram observados nos pacientes do grupo que recebeu metronidazol e amoxicilina ainda na fase ativa da doença.

“Nosso Programa de Pós-Graduação em Odontologia está entre os 12 com nota de excelência pela Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], dos mais de cem existentes no Brasil. E, nesse grupo, é o único de uma instituição de ensino privada. Não teríamos alcançado esse resultado sem o apoio da FAPESP”, afirma Figueiredo.
 

Fonte: https://agencia.fapesp.br/37889