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Instituto de Pesca desenvolve método mais barato de criação de lambari para isca viva


Instituto de Pesca desenvolve método mais barato de criação de lambari para isca viva

Pesquisa apoiada pela FAPESP torna a atividade viável para produtores e comunidades de baixa renda. Peixe de cativeiro diminui captura de camarão usado em pescarias (foto: Wikimedia Commons)

Publicado em 12/04/2021

Agência FAPESP* – Pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesca (IP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com apoio da FAPESP, utiliza materiais alternativos de baixo custo para construção de tanques de recirculação voltados à criação de lambari da Mata Atlântica.

O peixe, da espécie Deuterodon iguape, é usado como isca viva na pesca esportiva do robalo e seu cultivo reduz a captura predatória de outros organismos do ambiente para o mesmo fim, em especial o camarão-branco.

A pesquisa foi publicada em artigo no periódico científico Fisheries Management and Ecology.

Com o objetivo de tornar a atividade viável para produtores e comunidades de baixa renda, Marcelo Barbosa Henriques, pesquisador do IP e coordenador do estudo, e sua equipe aperfeiçoaram métodos de criação de peixes já existentes.

“No nosso sistema, especificamente, adaptamos uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa, originalmente para cultivo de tilápia, e a aplicamos ao lambari”, diz Henriques em entrevista para a Assessoria de Comunicação do IP.

O pesquisador elaborou um comparativo entre o sistema convencional de recirculação, com tanques e equipamentos de escala industrial, e seu sistema alternativo, de baixo custo, construído com materiais como papelão, lona plástica, madeira, bombinhas de aquário, redes de pesca usadas, baldes e tambores de plástico.

“O intuito era mostrar que, numa densidade não muito elevada, a atividade é vantajosa para gerar renda para o pequeno produtor, que precisa ter um domínio total do processo para não haver mortalidade”, detalha o pesquisador.

Henriques menciona que o sistema vem sendo testado em algumas cidades do litoral sul de São Paulo, com boa aceitação por parte do pequeno produtor. “Um dos aquicultores, de Itanhaém, conseguiu ampliar o número de tanques e passou até mesmo a diversificar a produção, cultivando verduras com a água do sistema dos peixes”, cita.

Mais informações pelo site do IP.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto de Pesca.
 

Fonte: https://agencia.fapesp.br/35266