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O poder transformador da ciência é tema de novo podcast


O poder transformador da ciência é tema de novo podcast

Lançado nesta semana pela Febrace, o programa Mentes criativas, soluções inovadoras terá duas séries de entrevistas (foto: Macb3t/Pixabay)

Publicado em 03/02/2022

Agência FAPESP* – A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) lançou nesta semana o podcast Mentes criativas, soluções inovadoras. Com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o novo programa conta com duas séries de entrevistas: “Mulheres na Ciência”, já disponível nas principais plataformas, e “Jovens Transformadores”, que vai ao ar em 29 de março. Cada série conta com oito episódios, disponibilizados às terças-feiras e divulgados pelo site, Facebook e Instagram da Febrace.

“O programa é mais uma iniciativa para estimular jovens e docentes da educação básica a ampliar seus horizontes a partir da ciência”, afirma Roseli de Deus Lopes, professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e coordenadora-geral da Febrace.

Promovida anualmente pela Poli-USP e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), a Febrace é a maior mostra brasileira de projetos científicos em abrangência e visibilidade. Seu objetivo é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações nessas áreas e induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas.

“Todos os anos, centenas de estudantes e professores engajados em projetos de pesquisa científica e tecnológica passam pela Febrace. Eles vêm de várias partes do país, de escolas públicas e privadas. Muitos têm suas vidas mudadas radicalmente a partir dessa experiência. O podcast tem o objetivo de contar essas histórias inspiradoras”, destaca Lopes.

Na série “Mulheres na Ciência”, uma das entrevistadas é Adriana de Oliveira, de 28 anos. Engenheira química em uma multinacional, nasceu em um bairro humilde na periferia de São Paulo, estudou em escola pública e teve bolsa-alimentação para conseguir cursar uma universidade federal paulista. A experiência que teve ao participar da Febrace, ainda quando cursava o ensino médio, foi determinante para nunca desistir diante das adversidades. Outro destaque é a professora mineira Fernanda Aires Guedes Ferreira, de 35 anos. Apelidada de “rainha das feiras de ciência”, ela se notabilizou por suas iniciativas para promover o interesse dos jovens pelo pensamento científico em sua cidade, Mateus Leme. Uma delas foi a criação de uma organização sem fins lucrativos para promover atividades de formação e mostras de projetos.

Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) apontam que menos de 30% dos pesquisadores do mundo são mulheres. E as razões para essa baixa participação feminina no mundo das ciências são puramente culturais e sociais. “Reduzir a diferença de gênero na ciência é uma tarefa que cabe a toda a sociedade”, opina a coordenadora da Febrace.

“Além de enfrentar o preconceito, é preciso apoiar as mulheres para que sigam carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Esse é um dos objetivos da série ‘Mulheres na Ciência’”, acrescenta. Segundo ela, ainda é muito comum que as mulheres sejam desincentivadas neste aspecto. “Acreditamos que exemplos de superação sirvam para encorajar outras meninas.”

Já a série “Jovens Transformadores” será uma vitrine do poder criativo dos jovens do país. Trará entrevistas de estudantes que acreditaram que o conhecimento científico e tecnológico não é privilégio de poucos. “Eles vão contar suas histórias, mostrando que todas e todos são capazes de dominar as ciências e desenvolver soluções tecnológicas”, afirma a professora.

* Com informações da Assessoria de Comunicação da Febrace.
 

Fonte: https://agencia.fapesp.br/37862