Em 2020, apenas 15 prefeituras – São Paulo e Rio de Janeiro entre elas – estavam formalmente comprometidas com a Política Nacional para a População em Situação de Rua instituída em 2009 (foto: Léo Ramos Chaves / Pesquisa FAPESP)
Publicado em 10/05/2024
Agência FAPESP – O crescimento vertiginoso do número de pessoas em situação de rua, principalmente depois da pandemia da COVID-19, é tema da reportagem de capa da edição de maio da revista Pesquisa FAPESP.
De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2012 e 2022, esse número saltou de 90,4 mil para 281,4 mil, um crescimento de 211%. São Paulo e Rio de Janeiro encabeçam a lista de 10 cidades com o maior número de indivíduos sem moradia.
Nesta edição, pesquisadores analisam o problema e avaliam soluções. Afinal, o país conta desde 2009 com uma Política Nacional para a População em Situação de Rua, que inclui essas pessoas no Cadastro Único (CadÚnico) – base de dados com informações sobre pessoas em condição de pobreza ou extrema pobreza –, garante acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) mesmo sem comprovante de residência e prevê a instalação de Consultórios na Rua, com equipes de médicos, psicólogos e enfermeiros em atendimento itinerante. No entanto, em 2020, apenas 15 prefeituras – São Paulo e Rio de Janeiro entre elas – estavam formalmente comprometidas em implementar as diretrizes dessa política.
A edição de maio também traz reportagem sobre o derretimento de gelo na Groenlândia, que enfraquece a Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico (Amoc), e que poderá provocar fortes anomalias no atual regime de chuvas e no padrão das temperaturas até o final do século.
Pesquisa FAPESP conta também que 40 pesquisadores de 13 instituições brasileiras formaram uma rede para avançar numa área de pesquisa ainda pouco explorada no país: a agricultura espacial.
Leia também a entrevista com o escocês David MacMillan, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, ganhador do Prêmio Nobel de Química de 2021. Ele esteve no Brasil em abril para participar do Diálogo Prêmio Nobel Rio e São Paulo 2024, organizado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), com apoio da FAPESP.
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