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Pesquisa que realiza mapeamento da população trans na Grande São Paulo busca voluntários


Pesquisa que realiza mapeamento da população trans na Grande São Paulo busca voluntários

Identidade de gênero ainda não é incluída em levantamentos oficiais, como o Censo Demográfico ou a Pesquisa Nacional de Saúde, diz Barbara Barroso, da Unifesp (imagem: Freepik)

Publicado em 04/11/2025

Agência FAPESP – O projeto “Mapeamento da População Trans: Região Metropolitana da Grande São Paulo”, vinculado ao Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da FAPESP, está buscando voluntários para responder questionário.

O estudo é coordenado pela pesquisadora Barbara Barroso, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP. A proposta é gerar conhecimento científico inédito para subsidiar políticas públicas voltadas à população trans mais eficazes e integradas.

A pesquisa tem como objetivo compreender as condições de vida, saúde, trabalho e acesso a direitos da população trans, travesti e não-binária que vive, estuda e/ou trabalha em um dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Atualmente está em fase de campo, com coleta de dados prevista até dezembro de 2025.

“No Brasil, a identidade de gênero ainda não é incluída em levantamentos oficiais, como o Censo Demográfico ou a Pesquisa Nacional de Saúde. Essa ausência produz um cenário de invisibilidade e dificulta a formulação de políticas que garantam o acesso integral à saúde, ao trabalho e à educação. O mapeamento busca preencher essa lacuna, identificando as condições de vida e saúde da população trans em diferentes contextos urbanos da região metropolitana mais populosa do país”, diz Barroso para a Agência FAPESP.

O estudo é transversal e de base populacional, combinando métodos quantitativos e qualitativos. Serão aplicados questionários estruturados que abordam temas como identidade de gênero, situação socioeconômica, segurança alimentar, acesso aos serviços de saúde, saúde mental e qualidade de vida, trabalho, emprego e renda, modificações corporais, comportamento sexual, saúde sexual, reprodutiva e estratégias de prevenção e direitos e cidadania.

Os dados coletados serão analisados de forma anonimizada e servirão para apoiar a criação e o aprimoramento de políticas públicas voltadas à promoção da equidade de gênero e ao combate à transfobia institucional.

Podem participar pessoas trans, travestis e não-binárias, com 18 anos ou mais. Para participar é preciso realizar o pré-cadastro disponível no link na página oficial do projeto no Instagram.

Os dados serão compartilhados com a Secretaria Estadual da Saúde e demais órgãos públicos para apoiar o desenvolvimento de políticas específicas e o aprimoramento das ações já existentes.
 

Fonte: https://agencia.fapesp.br/56357