A pesquisa inclui a investigação de fatores genéticos , celulares e moleculares (foto: John Alfred Tinniswood, considerado o homem mais velho do mundo. Crédito: Wikimedia Commons)

Publicado em 27/06/2024

Agência FAPESP – Um estudo do Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) está procurando voluntários idosos com mais de 100 anos para entender os processos biológicos fundamentais que contribuem para uma vida mais longa e saudável.

O CEGH-CEL é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

O trabalho é conduzido por Mateus Vidigal de Castro, pesquisador do CEGH-CEL, com apoio de Projeto Temático da FAPESP, que é coordenado pela professora Mayana Zatz, do IB-USP.

Segundo Castro, a pesquisa inclui a investigação de fatores genéticos (variantes genéticas protetoras), celulares e moleculares. “Ao estudar indivíduos com mais de 100 anos de idade que envelheceram com saúde pretendemos identificar possíveis biomarcadores que estejam relacionados à longevidade saudável”, explica o pesquisador para a Agência FAPESP.

Podem participar do estudo idosos brasileiros com mais de 100 anos que envelheceram com saúde. Ou seja, centenários que mantêm uma boa qualidade de vida, são funcionalmente independentes, apresentam poucas ou nenhuma doença crônica debilitante e conservam boa capacidade cognitiva. Para participar é necessário realizar uma coleta de sangue.

Inicialmente, é realizada uma entrevista com o voluntário e seus familiares para coletar informações detalhadas sobre sua genealogia, história de vida, saúde e hábitos. Em seguida, é feita a coleta de sangue do voluntário. Esse material biológico será submetido a análises genéticas e imunológicas em laboratório. Os voluntários serão acompanhados anualmente para a atualização do quadro de saúde, permitindo um monitoramento contínuo e uma análise detalhada dos fatores que contribuem para a longevidade saudável.

“O estudo pode contribuir significativamente para o avanço na compreensão dos mecanismos biológicos relacionados à longevidade saudável, favorecer o desenvolvimento de estratégias terapêuticas destinadas a retardar ou mitigar processos de envelhecimento não saudáveis, além de promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas idosas. Ao identificar biomarcadores genéticos e compreender os fatores que influenciam um envelhecimento saudável, o trabalho abre caminho para inovações em intervenções médicas e políticas de saúde pública que beneficiem a população”, destaca Castro.

Os interessados em participar da pesquisa devem enviar um relato para o e-mail dnalongevo@usp.br.
 

Fonte: https://agencia.fapesp.br/52075