Objetivo da demonstração foi fazer convergir um tsunami de dados oriundos do mundo inteiro para o centro de convenções da conferência Supercomputing 2024

Publicado em 17/01/2025

Agência FAPESP * – A Research and Education Network at São Paulo (Rednesp), uma iniciativa que disponibiliza conexões de dados de alta velocidade para a comunidade acadêmica do Estado de São Paulo, com apoio da FAPESP, participou de uma demonstração liderada pelo California Institute of Technology (Caltech), dos Estados Unidos.

O objetivo da demonstração foi fazer convergir um tsunami de dados oriundos do mundo inteiro para o centro de convenções da conferência Supercomputing 2024, que aconteceu na cidade de Atlanta, Estados Unidos, nos dias 17 a 22 de novembro.

Durante o evento, cada instituição injetava o maior volume de dados compatíveis com sua infraestrutura de computadores e ativos de rede. A Rednesp pôde atestar a capacidade do BackBone SP, uma rede paulista de alta velocidade, demonstrando uma transferência de dados entre oito instituições e taxas de transmissão de até 550 Gigabits por segundo (Gbps) bidirecional de São Paulo com a internet acadêmica mundial.

Inaugurado em 2023, o BackBone SP interliga oito das principais instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo com conexões de 100 Gbps. A rede também conecta essas instituições às redes acadêmicas internacionais por meio do consórcio Amlight com dois links internacionais, providos pela FAPESP, de 100 Gbps cada, sendo um cabo passando pelo oceano Atlântico e o outro pelo oceano Pacifico, ambos em território dos Estados Unidos. A Rednesp conta ainda com mais um canal de 100 Gbps para a Europa por meio do Ellalink (um cabo submarino entre Brasil e Portugal) provido pela RedClara, que faz as conexões de redes acadêmicas na América Latina.

A demonstração conseguiu atingir 10.3 Terabits por segundo (Tbps) de transmissão conjunta. A Rednesp, utilizando servidores na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Mackenzie, conseguiu colaborar com 550 Gbps para o fluxo total de dados.

Outro fato importante é que foram enviados dados armazenados em servidores simulando condições reais de operação e usando links em produção. Houve um avanço significativo comparado com 2023, quando foi obtida uma taxa máxima de 250 Gbps, o que resultou num aumento de 220% em relação à edição anterior.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Rednesp.

Fonte: https://agencia.fapesp.br/53721