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Sistema que otimiza estoque de EPI durante a pandemia será adotado na Argentina


Sistema que otimiza estoque de EPI durante a pandemia será adotado na Argentina

Ferramenta de acesso aberto foi desenvolvida por pesquisadores do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria para minimizar risco de desabastecimento e gastos desnecessários (foto: Angelo Esslinger/Pixabay)

Publicado em 23/04/2021

Agência FAPESP – Uma plataforma que mapeia a quantidade necessária de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de insumos por unidade hospitalar em determinada região – já utilizada no Brasil – ganhou projeção internacional e foi reformulada para atender ao mercado de saúde da Argentina.

O sistema foi desenvolvido por pesquisadores vinculados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), em parceria com uma empresa fornecedora de soluções digitais para a gestão de processos em saúde, a Bionexo (leia mais em: agencia.fapesp.br/33361/).

Sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), campus de São Carlos, o CeMEAI é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.

A tecnologia é baseada em um modelo matemático que prediz o consumo de um determinado EPI ao longo do tempo com base na curva estimada da doença, na região atendida pelo hospital e em informações de saúde, como taxa de hospitalização, frequência de atendimento de emergência, além de levar em conta o número de leitos disponíveis para definir o tamanho da equipe.

Por meio da integração desses dados, o sistema fornece a previsão de demanda para EPIs, como máscaras e aventais, indicando o momento em que um hospital atingirá o pico de consumo desses suprimentos, o período de permanência nesse patamar e as perspectivas de mudança.

A plataforma auxiliará a Argentina na pandemia do novo coronavírus. Em entrevista para a Assessoria de Comunicação do CeMEAI, Cibele Maria Russo Novelli, professora do ICMC-USP, comenta os desafios de adaptar a tecnologia para a realidade argentina. “A forma de armazenar e disponibilizar as informações é bastante diferente no Brasil e na Argentina. Além disso, há mudanças nos termos dos materiais usados e houve a necessidade de traduzir toda a ferramenta. Já nos protocolos de utilização dos materiais pelos hospitais, existiu uma similaridade maior.”

Mais informações em: https://bit.ly/2QqwG6v.
 

Fonte: https://agencia.fapesp.br/34008